"Viver, simplesmente viver, meu cão faz isso muito bem".
Alberto da Cunha Melo

Friday, November 16, 2012

Males do Sindicalismo




Uma das maiores e mais antigas empresas de panificação americana, Hostess Brands Inc, fabricante dos populares pães Twinkies e Wonder Bread, anunciou esta semana que esta prestes a declarar falência devido a um enorme prejuízo causado por uma greve de seus funcionários que dura desde o dia 9, diz a agência de noticias Reuters.
A decisão de entrar em greve foi dada pela Bakery, Confectionery, Tobacco Workers and Grain Millers International Union, o sindicato que representa um terço dos 18,5 mil empregados. O motivo alegado é a diminuição do salario a que foram submetidos os funcionários, em razão de uma queda nos lucros da empresa. A greve já havia causado o fechamento de 3 das padarias do grupo, custando 627 empregos e agravando a situação econômica da empresa. Agora, apesar de nota da empresa alertando da iminência de falência, a liderança sindical queda irredutível.
Não que faltem exemplos no noticiário cotidiano, mas quero aproveitar a oportunidade para escrever alguma coisa sobre o sindicalismo e o dito direito de greve, temas que são normalmente considerados, de forma apriorística, como benefícios de valor inquestionável, adquiridos pela brava luta dos defensores dos trabalhadores para protege-los contra os opressores capitalistas.
Claro que existem diferentes acepções para o termo sindicalismo, como, por exemplo, a noção de Sorel, para quem esta é uma tática revolucionaria para a implantação do socialismo, usando como método a acao violenta com o objetivo de desestabilizar o sistema capitalista. Outra concepção é a própria ideia de um sistema econômico sindicalista, ou seja, diferente do socialismo ou do capitalismo, seria um sistema em que os empregados – e não o estado, como pregam os marxistas – tenham a propriedade dos meios de produção e/ou das instalações produtivas. Ambos significados são estranhos e, atualmente, não são levadas a serio por serem consideradas ideologias muito confusas.
Mesmo assim, os sindicatos são uma forte entidade no atual modelo econômico intervencionista e os seus esforços em conquistar mais e mais supostos benefícios aos trabalhadores são parte das razoes da dificuldade de se empreender em países como o Brasil e os Estados Unidos.
Desnecessário contar aqui as ligações corruptas entre os sindicatos americanos com a mafia, por exemplo, ou a instrumentalização dos sindicatos brasileiros pelo PT e PCdoB para os fins de perpetuação no poder destes partidos e implantação de um projeto de poder.  
Mas vale, para os fins de entender o “estado da questão” sindical, resumirmos a historia do sindicalismo contada por Ludwig von Mises em A Ação Humana, principalmente no tocante as suas raízes socialistas. Nos anos que precederam a Primeira Guerra Mundial, Itália e Inglaterra tentavam dar uma nova roupagem as ideias do socialismo fabiano existente na então inimiga Alemanha. Então, aquelas duas nações criaram as ideias do stato corporativo e do socialismo de guildas, respectivamente, segundo os quais cada setor da economia constituía numa unidade monopolística que gozava de autonomia e capacidade de intervenção apenas dos seus membros. Era, portanto, “o direito de autodeterminação de cada profissão”, nas palavras de Webbs.
Estas ideias corporativas nasceram porque, apesar do desejo dos intelectuais italianos e ingleses de construírem uma filosofia social, não fazia sentido adotarem as mesmas ideias socialistas alemãs que tanto criticavam. Com o tempo, no entanto, o corporativismo italiano, uma vez sujeito ao regime politico fascista, se tornou um mero intervencionismo totalitário, já que aquele governo não apreciava a descentralização proporcionada pela corporazione.
A experiência frustou este sistema, uma vez que, por razoes obvias, a decisão de uma guilda afetava não apenas aquela categoria, mas toda a economia do pais. Uma guilda autônoma não se sujeita as pressões que a sujeitaria a ajustar o seu funcionamento para melhor atender aos consumidores. Nas palavras de Mises, “o esquema do socialismo de guildas e do corporativismo não leva em consideração o fato de que o único propósito da produção é o consumo”. Neste sistema ocorre uma inversão total de valores, já que a produção torna-se um fim em si mesmo. Ao monopolizarem o fornecimento, oprimiam o resto da população para o beneficio dos poucos pertencentes a guilda. Assim nascia aquilo que, depois, se tornariam os sindicatos.
O papel desempenhado pelos sindicatos é prejudicial não apenas quando tem por motivação uma pressão puramente politico-partidária, como no caso dos pelegos sindicatos brasileiros, mas também quando defendem as suas bandeiras primarias, como o aumento de salario. O aumento forcado do preço do trabalho obriga o empregador a contratar menos do que contrataria em condições sem intervenção. Caso não diminua o contingente, a empresa sofrera prejuízos por estar pagando mais.
Nas palavras de Mises, “salários reais só podem aumentar, mantidas inalteradas as demais circunstâncias, na medida em que o capital se torne mais abundante ”. Nas condições competitivas da economia de mercado não obstruído, o empregador é obrigado a não pagar a um trabalhador mais do que o consumidor estaria disposto a lhe reembolsar pela correspondente contribuição do trabalhador em questão. Negar esse efeito equivale a desconhecer a existência de qualquer regularidade na sequência e na interconexão dos fenômenos de mercado.

Como se vê, não é de hoje que as interferências do sistema sindical no mercado causa prejuízos, inclusive aos próprios trabalhadores. No recente caso Twinkies, 18,5 mil funcionários poderão ficar sem o emprego, definitivamente, quando poderiam ter, no caso da não interferência do sindicato, esperado o retorno das vacas gordas para que os salários voltassem ao valor esperado. So pode ser um raciocínio terrível aquele que diz que é preferível nenhum salario que um salario mais baixo.

Na verdade, as lutas sindicais só podem causar prejuízo ao trabalhadores. Mesmo o beneficio inicial de aumento de salários transforma o desemprego numa instituição, um fenômeno de massa crônico e permanente. 



* Os argumentos usados são baseados na obra de Von Mises, A Ação Humana, ali descritos de forma clara e fundamentada.

Monday, November 12, 2012

Saturday, November 10, 2012

A Corrupção como mecanismo de equilíbrio no regime Intervencionista

Desde o desaparecimento do liberalismo clássico a economia do tipo intervencionista tem sido o modelo dominante na maioria dos países do mundo, qual seja, o sistema de mercado controlado, em que a propriedade privada dos meios de produção é mantida, mas as ações dos seus proprietários são restringidas por ordens autoritárias do Estado. Ou, como disse Othmar Spann, citado por Von Mises, é o sistema de propriedade privada em sentido formal, mas um socialismo em essência.

Este regime é reputado, com razão, como mercantilista, protecionista ou proto-capitalista. Sim, de fato, é um retorno ao protecionismo do século XVIII. Quem poderia contestar que a mentalidade que rege as decisões no âmbito econômico no Brasil, por exemplo, não seja um conjunto de medidas econômicas no sentido de favorecer as atividades internas em detrimento da concorrência estrangeira? Podem discordar, talvez, dos resultados de tal política econômica, ou se estes resultados são benéficos ou maléficos, mas qualquer observador frio e apto concluirá que o que chamamos neoliberalismo está mais próximo de um neomercantilismo. 

Para fins de comparação entre o mercantilismo do século XVIII e o atual, basta que atentemos aos principais princípios daquele sistema econômico e a ideologia que norteia as decisões politico-econômicas hodiernas: metalismo, com o fim de evitar a saída de metais preciosos (ou a produção nacional?); incentivos às manufaturas, em detrimento da produção agrícola; protecionismo alfandegário por meio principalmente de tarifas; balança comercial favorável; soma zero, que acredita que o lucro de uma parte redunda na perda da outra; etc. Qualquer semelhança com a política econômica do PT, por exemplo, não é mera coincidência.

Ora, o fato de ser este um regime misto, habitando aquela zona cinzenta entre o capitalismo liberal e o socialismo, nos faz questionar as razões porque este sistema não se desintegra ou não se torna, de uma vez, capitalista ou socialista. Sendo o intervencionismo tão prejudicial a todas as classes sociais, não podemos afirmar que é meramente uma ideologia o que mantém esse sistema intacto. Ora, mais dias, menos dias, as classes trabalhadoras, por exemplo, insurgiriam contra um sistema que, por meio dos sindicatos e da elevação artificial dos salários (instituição do salário mínimo), criou o desemprego como uma instituição permanente, diferente tanto do sistema capitalista liberal, em que o desemprego é uma situação temporária de adaptação ao mercado de trabalho, quanto do sistema socialista, para o que o desemprego é resolvido com a integração forçada do trabalhador na máquina de produção estatal.

Ou talvez se insurgiria a classe dos empresários e empreendedores, insatisfeitos que são em relação ás restrições de produção, aos impostos, às pressões sindicais, às intervenções nos preços, etc. Talvez esta classe social, mais esclarecida ou com melhores meios de se fazer ouvir sua voz no seio da polis, poderia se insurgir contra o sistema intervencionista em que vivemos. Mas por que não o fazem? Por que um sistema que tem causado tanta desigualdade e desemprego não é, de uma vez, escorraçado e relegado aos porões da História humana?

Ora, vejam que a falência deste sistema é normalmente censurada exclusivamente no que toca às leis, que não são aplicadas com profundidade. Ou seja, diante do fracasso de um sistema em que o estado intervém, o cidadão pede por mais leis e mais intervenção do Estado nas situações cotidianas. Por incrível e estranho que possa parecer, a corrupção dos órgãos do governo não abala a confiança na infalibilidade do estado, mas provoca repugnância em relação aos empresários, empreendedores e capitalistas.

Não será por meio do cumprimento estrito da lei, como querem os socialistas, que se alcançará o paraíso na terra. Se todas as leis intervencionistas fossem observadas, as engrenagens terminariam emperradas pela força inoperante e burocrática do estado.
Como exemplo, não imaginário porque foi uma situação específica na Inglaterra quando este país testava as primeiras teorias socialistas que surgiam, vamos analisar o caso do controle do preço do leite. Os produtores de leite aumentam o preço do leite para poderem honrar com os custos da produção. O estado, então, sempre preocupado com o bem-estar social, buscando o interesse comum sobre o interesse privado, estabelece preços máximos para o leite e ameaça prender os produtores que não obedecerem à ordem intervencionista.

Uma vez que o leite não fica tão barato como gostariam os consumidores, estes culpam o fato de que as leis não foram suficientemente severas. Na verdade, se os preços fossem mantidos tão baixos, em pouco tempo não haveria mais oferta de leite, ou seja, o fornecimento seria interrompido. Oferta e demanda, regrinha básica de economia que os socialistas não gostam, certo?

Qual o caminho possível para que o leite continue a chegar à mesa do cidadão? Se o consumidor ainda consegue leite, é porque algum produtor está burlando a lei e vendendo acima do preço taxado, além de, provavelmente, estar pagando suborno para o funcionário público responsável pela fiscalização. Não precisamos aqui questionar quem, se o estado ou o produtor corrompido, faz mais para o bem público. Claro que o produtor que paga propina para levar seu produto à mesa do consumidor, agindo à revelia da lei e por razões egoístas, serve mais ao interesse público, movido pelo interesse de evitar o prejuízo que teria se tivesse obedecido à lei. A decadência ética da conduta empresarial é a decorrência inevitável das intervenções.

Um exemplo mais atual foi testemunhado por mim quando da minha viagem ao Zimbábue e foi narrado neste blog. Na minha segunda viagem ao país, a van em que viajávamos saiu da estrada principal e, depois de vários minutos mata adentro, chegamos a um sítio onde se cozinhava diesel ilegal para o fornecimento aos motoristas daquela região. A ausência de diesel no mercado se deu porque o governo zimbabuano interviu no preço do óleo de forma muito severa e mandou prender os fornecedores que desobedecessem à ordem, fazendo com que o produto sumisse do mercado, fazendo com que o consumidor tivesse que se valer de métodos ilegais para conseguir continuar a viagem.

Vejam que num caso desses, a população normalmente não questiona a ação governamental, mas a atitude “iníqua” de desobediência às leis e a ausência de uma aplicação mais severa das leis. Inclusive, no caso zimbabuano nem ao menos faltou a prisão de fornecedores que desobedeceram ao mandamento legal. Acontece que os problemas básicos do intervencionismo não são questionados. Aqueles que ousam duvidar da validade de tais leis são normalmente taxados de inimigos do povo ou mercenário.

Von Mises, no seu livro Uma Crítica ao Intervencionismo, esclarece esta questão com muita propriedade, dizendo que o elemento equilibrador do intervencionismo é a corrupção. Sem ela, o intervencionismo certamente se desintegraria e seria substituído pelo socialismo ou pelo capitalismo liberal. Se não houvesse a saída pela corrupção, o controle de preços criaria uma situação de escassez generalizada que abriria o caminho para uma revolta dos famintos que instauraria o socialismo totalitário, ou a revolta dos empreendedores, o que culminaria na destruição das leis intervencionistas e a implementação de uma economia puramente liberal.

O intervencionismo coloca nas mãos do governante e do legislador um enorme poder, sob a alegação de que estes irão proteger os pequenos e os pobres contra os grandes e capitalistas. A atividade empresarial e empreendedora é vista como egoísta pelos governos intervencionistas. Para substituir o efeito considerado nocivo da propriedade privada, os intervencionistas acreditam que basta deixar o poder na mão de desinteressados e infatigáveis legisladores e burocratas. Acontece que estes não são anjos. Logo percebem que as suas ações podem redundar em ganhos ou perdas significativas para os empresários. Daí surge a oportunidade de partilhar os ganhos permitidos pelo intervencionismo, por meio de favoritismos na aplicação de medidas protecionistas.

Por melhores que sejam as leis de licitações, por exemplo, não existem critérios totalmente neutros e objetivos para a concessão de uma obra. Ou no caso de uma licença de exportação, a quem deve ser dada ou a quem deve ser negada? Sempre haverá margem para que funcionários públicos tomem a decisão baseados em preconceitos e favoritismo, mesmo que seja apenas a contraprestação do apoio eleitoral, por exemplo.

Assim, como disse Mises, a corrupção é uma consequência natural do intervencionismo e sua condição sine que non.



* Esta corrupção a que me refiro não diz respeito àquela do tipo dos mensaleiros, por exemplo. Ali, a motivação é ligada ao que o filósofo Olavo de Carvalho acertadamente chama de a mentalidade revolucionária. Os mensaleiros não pretendiam burlar um empecilho legal à produção de bens ou serviços e nem ao menos podemos dizer que pretendiam usar o dinheiro ilegalmente arrecadado para fins de enriquecimento pessoal. Era, sim, uma corrupção perpetrada com o fito de manutenção e aperfeiçoamento de um projeto de poder por meio da compra de apoio parlamentar. Qualquer partidário do PT aplaudirá a atitude dos mensaleiros na medida em que ela serviu ao projeto de poder do partido, não ao enriquecimento individual. Para os “possuidores” da mentalidade revolucionária, esta atitude é justificada como um meio para a implantação do futuro perfeito pregado pelos revolucionários de esquerda.


**Logo após publicar este texto me veio às mãos uma reportagem sobre o efeito das intervenções estatais do governo brasileiro na economia. Estas intervenções custaram um prejuízo de 61,6 bilhões de reais só neste ano, em termos de perdas no valor de mercado de empresas do setor elétrico, bancário e de telecomunicações e foram causados principalmente pela situação de incerteza advinda das mudanças de regras, afugentando os investimentos.
Sérgio Lazzarini, escritor de Capitalismo de Laços, afirma que o “diferencial” do governo Dilma é que, enquanto nos governos Lula e FHC as intervenções “se davam através de movimentações de bastidores por meio do BNDES e dos fundos de pensão, as intervenções do governo Dilma são explícitas e ocorrem por meio de mudanças nas leis ou da utilização das estatais para forçar a concorrência.” Como sempre ocorre, o governo entende que a finalidade é justa. É aquela velha história, “é bom para o Brasil, mesmo não sendo bom para você”.

Friday, November 2, 2012

Os 50 Apocalipses dos quais escapei


Após assistir o primeiro capítulo da nova minissérie da Globo Como Aproveitar o Fim do Mundo, resolvi fazer uma lista das mais relevantes predições apocalípticas feitas desde o ano em que nasci, 1983, até os dias de hoje. Ou seja, este é um apanhado da quantidade de apocalipses dos quais escapei nesta minha não tão longa vida...


1) 1984 – A seita Testemunhas de Jeová, que faz previsões do fim do mundo desde 1874, fez sua nona previsão para o ano de 1984. Também não deu certo, mas não pense que eles desistiram. Marcaram nova data em 1994 e, em novembro de 1995 escreveram um artigo dizendo que o fim tinha sido prorrogado pela graça de Deus! Ufa, essa foi por pouco...
2) 1984-1999 – O guru Rajneesh previu para esse período a extinção das maiores cidades do mundo, além da destruição da Terra por terremotos, vulcões, maremotos, etc.
3) 1986 – Esse foi o ano previsto pelo líder da seita Meninos de Deus para o início da Batalha do Armagedom, em que os russos instaurariam o comunismo mundial após vencerem Israel e, em 1996, Jesus voltaria.
4) 16-17 de Agosto de 1987 – O grupo Convergência Harmônica marca o advento da Nova Era, com a vinda da Serpente Deusa da Paz.
5) 11-13 de Setembro de 1988 – O livro “88 Razões porque o Arrebatamento será em 1988” causou pânico e conversões-relâmpago em vários lugares do mundo.
6) 21 de Setembro de 1988 – O Arrebatamento de Rosh-Hashana, ainda baseado no livro “88 razões...”.
7) 14 de Maio de 1988 – O dia da comemoração dos 40 anos da fundação do Estado de Israel foi selecionado pelo pastor Bill Maupin da The Lighthouse Gospel Tract Foundation como a data certa para o fim dos tempos.
8) 1988 – Também foi o ano marcado pela J R Church baseados em profecias escondidas nos Salmos.
9) Setembro de 1989 – Depois do fracasso do seu livro “88 razões...”, Edgar Whisenaunt escreve “89 razões porque o Arrebatamento será em 1989”, mas as vendas e o sucesso não seriam mais os mesmos.

10) 10 de abril de 1993 – David Koresh marcou o arrebatamento para o ano de 1995, mas após um período de espera, um grupo de 76 pessoas foram queimadas vivas em 1993 a fim de evitar serem destruídas quando do inicio do Armagedom.  
11) 31 de Março de 1991 – Um grupo na Austrália esperava a vinda de Jesus neste dia, às 9:00 da manhã.
12) 28 de Outubro de 1992 – O movimento Hyoo-go marcou essa data para o fim de tudo.
13) 1994 – F.M. Riley, criador do movimento The Last Call, deu certeza que esse era o ano nos Planos de Deus para levar seus escolhidos.
14) 9 de Junho de 1994 – Pastor John Hinkle da Christ Church Los Angels disse que tinha recebido uma visão de que esta seria a data.
15) 28 de Outubro de 1992 – Lee Jang Rim, líder da Missão Dami em Seoul, preveu o arrebatamento para esta data. Apesar dos esforços das autoridades para conter o caos, 4 membros do grupo cometeram suicídio.
16) 2 de Maio de 1994 – O líder Bahá-i Neal Chase disse que Nova Iorque seria destruída por um ataque nuclear em 23 de março e a Batalha do Armagedom se daria 40 dias depois.
17) Setembro/outubro de 1994 – Harold Camping, meu profeta do arrebatamento favorito, disse inicialmente que o fim seria em 6 de setembro de 1994. Quando falhou, mudou para 2 de Outubro. Finalmente, marcou para 31 de março de 1995, que seria sua última profecia até a mais famosa, de 2011.
18) 17 de dezembro de 1996 – O esotérico Sheldon Nidle previu a chegada de 16 milhões de naves extraterrestres e um batalhão de anjos. Quando a data passou ilesa, ele disse que os anjos teriam criado um holograma para que as pessoas não percebessem o que tinha acontecido.
19) 23 de outubro de 1996 – Um arcebispo irlandês do século XVII, James Ussher, teria previsto esta data como os exatos 6000 anos da criação e, portanto, seria o fim do mundo.
*Ussher se baseou no número de gerações, duração média da vida humana e nas principais figuras bíblicas desde Adão e Eva até ao nascimento de Jesus, para afirmar que a Terra foi criada às 9:00 da manhã do dia 23 de Outubro de 4004 a.C, Adão e Eva foram expulsos do Paraíso em 10 de novembro de 4004 a.C e a arca de Noé aportou no Monte Ararat em 5 de maio de 2348 a.C.
** Além do calculo de Ussher, o período 1996-1998 era propício para o aumento destas profecias porque 1998 dividido por 3 é 666!

20) 31 de março de 1998 – Ho Ming Chen, criador da seita Chen Tao, mandou avisar que Deus viria do céu neste dia às 10:00 da manhã. O engraçado nesta história é que Chen se mudou para os Estados Unidos, para a cidade de Garland, que para ele soava como God´s Land, e avisou que Deus iria aparecer no dia marcado em todos os canais 18 de todas as TV’s. Acontece que este era o canal da Playboy. Na certa Deus desistiu porque espera-se que nenhum cristão estivesse assistindo esse canal.
21) 12 de setembro de 1997 – Stan Johnson marcou este dia como o aniversário de 2000 anos de Jesus e, portanto, o dia do inicio da Grande Tribulação.
22) 26 de março de 1997 – O cometa Hale-Bopp, quando estava no seu ponto mais próximo da Terra, fez com que um grupo de 39 pessoas liderados pelo líder da seita Portão do Paraíso, Applewhite, cometessem suicídio na esperança de serem resgatados por OVNI’s.
23) 1997 – Uma seita japonesa chamada Aum Shinri Kio, localizada ao pé do monte Fuji, anunciou este ano como o ano do Fim do Mundo. O teor violento desta seita deixou um rastro de mortes em vários países do mundo. Pessoas que deixassem a seita eram assassinadas e mesmo um advogado que tentou indiciar os líderes da seita, ao ser descoberto, foi assassinado juntamente com a mulher e filho. Membros desta seita também realizaram ataques com gás sarin em Tóquio, matando 13 e contaminando 980 pessoas.
24) 10 de Abril de 1997 – Dois estudiosos, Millar e Wardsworth, chegaram a conclusão de que este seria o dia em que o Anticristo iniciaria seu reinado como o novo Papa, Pedro II.
25) 31 de maio de 1998 – Marilyn Agee escreveu um livro afirmando que esta data marcava o fim do ciclo de 6000 anos da humanidade e seria, portando, a data do fim do mundo.
26) Outubro de 1998 – A House of Yaweh previu esta como o início de uma guerra que daria cabo ao mundo até o ano 2001.
27) 18 de agosto de 1999 – Charles Criswell King previu este como o fim do mundo.
28) 30 de setembro de 1999 – Kirk Nelson previu esta como a data da volta de Cristo.
29) Julho de 1999 – Nostradamus, talvez o mais famoso profeta do fim dos tempos, também errou feio nessa predição, mas me lembro que deixou muita gente assustada.

30) 2000 – Incontáveis predições surgiram em relação a este ano, inclusive de pessoas respeitadas como Isaac Newton (cientista inglês), Jonathan Edwards (grande pregador e escritor), Timothy Dwight IV (reitor da Universidade de Yale), Peter Olivi (teólogo franciscano), Helena Blavatsky (fundadora da Teosofia), Rev. Moon (fundador e líder da Igreja da Unificação), Michael Drosnin (jornalista e escritor), etc. Cada um a seu modo, todos eles disseram caíram na armadilha do velho ditado "Mil passará, dois mil não chegará"!
31) 2000 – O Bug do Milênio, um erro de computador iria ocorrer quando da passagem do ano 1999 para o ano 2000 e levaria a humanidade ao caos total.
32) 1 de janeiro de 2000 – Em Uganda, 778 pessoas cometeram suicídio ou foram assassinadas por líderes de uma seita que esperava o fim do mundo.
33) 25 de dezembro de 2000 – Papa João XXIII previu, em 1962 que Jesus iria aparecer em Nova York dando inicio ao período conhecido como Milênio.
34) 11 de janeiro de 2000 – Segundo o Weekly World News, A CIA teria encontrado um ET que seria o último sobrevivente da destruição de seu planeta, e que disse que Deus estava insatisfeito com toda a criação e que, portanto, iria destruir todos, sendo a Terra o próximo alvo.
35) 6 de abril de 2000 – James Harmston, fundador de um movimento separatista da Igreja Mormon, predisse a segunda volta de Cristo para esta data.
36) 5 de maio de 2000 – Richard Noone previu que, ao alinhar dos planetas, o gelo das calotas polares iria derreter e inundar o planeta, acabando com a vida como a conhecemos.
37) 5 de maio de 2000 – A seita de supremacia negra Nuwaubianismo predisse que o alinhamento dos planetas causaria um holocausto planetário.
38) 9 de outubro de 2000 – Grant Jeffrey, um  professor de Bíblia, previu esta data como o início do fim dos tempos.
39) 2001 – Tynetta Muhammad, do grupo religioso Nação do Islã, previu que o fim do mundo se daria nesta data.

40) Maio de 2003 – Nancy Lieder previu o chamado Cataclismo Nibiru, em que um grande planeta se chocaria com a Terra, segundo mensagens enviadas por extraterrestres da estrela Zeta Reticuli.
41) 29 de abril de 2007 – Pat Robertson sugeriu esta data para a destruição do mundo no seu livro The New Millenium.
42) 10 de Setembro de 2008 – O Projeto Large Hadron Collider, o maior acelerador de partículas do mundo, foi alvo de especulações de que criaria um buraco negro que engoliria a Terra.
43) 2010 – Ano previsto pela Ordem Hermética da Aurora Dourada para o fim do mundo.
44) 29 de setembro de 2004 – Arnie Stanton previu esta data para a vinda de Cristo, quando o asteroide Toutatis faria uma aproximação com a Terra.
45) 17 de abril de 2008 – Ronald Weinland viaja com a esposa para Jerusalem onde se afirmam as 2 testemunhas do Apocalipse.
46) Agosto de 2011 – O Cometa Elenin passa entre a Terra e o Sol e previsões disseram que causaria distúrbios e mudanças no eixo de rotação terrestre.
47) 2007 – Shelby Corbett, uma professora da Florida, espalha panfletos na cidade alardeando o fim do mundo.
48) 2007 – Hal Lindsay, após prévias tentativas frustradas, remarca o fim do mundo para 2007.
49) 2007 – Segundo a pastora da INSEJEC, Valnice Milhomens, Jesus voltaria num sábado do ano de 2007. Não aconteceu.
50) 21 de Maio de 2011 – Deste eu me lembro bem, já que vivia nos Estados Unidos e soube de muita ação envolvendo os fiéis deste pastor. Muito venderam tudo o que tinham e subiram morros com vestes brancas para estarem mais pertos de Jesus quando este voltasse. Ao Arrebatamento se seguiriam terremotos e em 5 meses a Terra seria destruída após o Juízo Final. Muitos espertinhos colocaram peças de roupas no chão em lugares estratégicos para sacanear os membros dessa igreja, como que sugerindo que os donos destas roupas teriam sido arrebatados, deixando as roupas para trás.


Os profetismos citados acima causaram a morte de aproximadamente 924 pessoas, principalmente por suicídio coletivo. Neste número também inclui pessoas que morreram por retaliação das seitas, como o caso ShinriKio.

Thursday, November 1, 2012

Massacre de Jonestown - Os efeitos nocivos da fé cega


Documentário sobre o caso Jim Jones, da seita Templo do Povo, que, em 18 de novembro de 1978, comandou um suicídio coletivo de mais de 900 seguidores na selva da Guiana.