"Viver, simplesmente viver, meu cão faz isso muito bem".
Alberto da Cunha Melo

Monday, September 7, 2009

Visita a Beira

Desde sexta-feira estive na cidade de Beira, capital da província de Sofala, uma das maiores e mais importantes cidades do país. Ali, o moderno e o provinciano não coram em andar de mãos dadas. Prédios, carrões, casebres, carroças, esgoto à céu-aberto, feiras, grandes supermercados, menino maltrapilho, mulher lavadeira, uma reunião de determinada seita, um cantico que vem da mesquita, sinos de outra sé, doutor deputado, negro, branco, hindu e mulato. Está tudo ali, morando a vizinhança.
Beira é importante também em relação ao passado. Ali era a principal rota de acesso da colonização portuguesa ao interior do continente, por meio do Rio Pungue, fazendo a ligação até o Zimbabwe.

Primeira parada depois do descanso da viagem foi a borda moçambicana do Oceano Índico, na praia do Estoril, que tem uma vista singular: um farol e a carcaça de um navio em partes soterrado na areia da praia. Verdadeiro cartão postal!

Foi ali também que, depois de alguns minutos de caminhada na praia, encontrei uma comunidade de pescadores: várias casas de palha na beira do oceano, com vários barcos e aquele cheiro de peixe. Era a hora que os barcos voltavam do oceano e eu corri pra ajudar um que aportava, pra fazer um amigo e perguntar se o mar estava pra peixe. Depois de levarmos o barco pra uma distãncia segura na praia, como em todo relacionamento  moçambicano, vieram os abraços e sinais que poderiam muito bem indicar que nossa amizade era desde a nossa infância.

Eles me mostraram os peixes, inclusive dois cações, um peixe-martelo e duas enguias. Nas enguias o pescador me fez um preço camarada, que comprei só pra experimentar. Comprei ainda um peixe de mais de 2 quilos pela metade do preço do mercado, que garantiu a nossa janta naquele dia.



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